Entrevista ao Diretor
José Carreira,
Diretor do Agrupamento de Escolas de Almeirim, iniciou o seu segundo mandato à frente desta unidade orgânica no ano letivo
de 2017-2018. A instituição,
prestes a completar seis anos de existência, tem como lema “Formar para
o Futuro” e procura preparar os seus alunos para a continuidade dos estudos no
ensino superior ou para o ingresso no mercado de trabalho. Para sabermos um
pouco mais sobre o Diretor e o Agrupamento de Escolas de Almeirim, o Clube do
Jornalismo solicitou uma entrevista, a qual foi gentilmente concedida.
Porque é que escolheu
o ramo da educação?
Foi por acaso.
Por acaso?
Porque é que sou professor, será isso?
Sim.
Sou professor porque, a determinada
altura da minha vida, obtive habilitações para lecionar numa época em que era
difícil arranjar professores. Então concorri, fui colocado e, a partir desse
momento, ganhei o bichinho… e fui ganhando gosto pela profissão. Enfim, fui
progredindo, até que a, uma determinada altura da vida, apareceu o momento certo
e candidatei-me a diretor do Conselho Executivo.
Como é que chegou ao
cargo de diretor?
No meu percurso da carreira
docente, a determinado momento, resolvi fazer uma especialização em Administração
Escolar. Na altura, o meu objetivo era poder progredir na carreira em termos de
escalão e de vencimento. A partir daí, tendo as habilitações, chegou o momento em
que surgiu uma ocasião, e lembrando-me de que tinha a formação que me permitia
concorrer ao cargo de gestão, concorri.
Está satisfeito com o
Agrupamento?
Sim, estou satisfeito com o Agrupamento.
Não há nenhuma medida
que tenha, ou ache necessária, para melhorar as escolas?
Há sempre muitas medidas… Para já,
não há uma satisfação total nunca, podemos sempre melhorar. E depois nós
podemos sonhar, mas para isso temos de ter condições e, às vezes, as
necessidades são infinitas e os recursos são limitados e, portanto, não é fácil
melhorar tudo aquilo que queremos, vai-se tentando fazer o possível e, hoje em
dia, isso significa fazer mais com menos.
Como é que considera
o desempenho dos alunos?
O desempenho dos alunos é normal.
Há alunos bons, menos bons, maus em termos de comportamento e de
aproveitamento, mas o nosso objetivo como escola pública é dar resposta a todos
os alunos fazendo com que eles, de certa forma, adquiram as competências tanto
na parte pedagógica como na parte social. Portanto, sair daqui homens e
mulheres com H grande é o nosso objetivo.
O que é que acha que está primeiro, e, consequentemente, o que acha que
é mais importante, o bem-estar físico e psicológico dos alunos ou o sucesso
escolar?
É o bem-estar físico e
psicológico dos alunos sempre em primeiro e, se isso acontecer, naturalmente
que o sucesso escolar vem. O que eu disse em primeiro lugar foi competências
sociais – saberem relacionar-se, saber estar, saber respeitar. Muitas dessas
coisas devem vir de casa e, se eles souberem e tiverem essas competências
sociais, depois a parte escolar também é sempre boa.
Tem algo que queira
dizer aos alunos que vão realizar exame este ano?
Não, o que quero dizer é que
todos os dias são importantes, não é só o dia do exame. Mais importante são os
dias antes dos exames porque, como se costuma dizer, os alunos organizados,
chegam à altura dos exames e até abrandam o seu estudo; os menos organizados é
que estão ali a fazer noitadas nas vésperas dos exames. Todos os dias são
importantes e se, desde o
primeiro ao último dia estiverem com atenção, fizerem os trabalhos de casa, os
alunos depois conseguem não andar tão stressados. Mas, como se costuma
dizer, quem não ganha stresse antes do exame também é irresponsável, e os
corajosos não são aqueles que não têm medo, são aqueles que têm medo, mas
conseguem enfrentar as dificuldades.
Entrevista realizada no dia 22 de maio de 2018
Filipa Garcia, aluna da turma 12º E/F
Maria Isabel Alves, Coordenadora do Clube de Jornalismo
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